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Gótico nordestino, de Cristhiano Aguiar, reúne nove contos em que tradições brasileiras se encontram com outras da literatura fantástica, com destaque para o horror do século XIX.
Ali, Campina Grande, cidade de origem do autor, se mistura com ficção científica, música, histórias em quadrinhos, Henry James, Poe e Lovecraft, nostalgia dos anos 1990, Covid-19 e inúmeras outras referências, em especial da cultura pop, numa miscelânea corajosa, que atualiza certos clichês do gênero, como vampiros e mortos-vivos.
Assim, o autor cria cenários, situações e conflitos complexos, sem cometer deslizes como o de explicar o que não precisa ser explicado, ou justificar o imponderável.
Seu livro tem ainda o benefício de aproximar de outras possibilidades literárias aqueles leitores mais chegados ao realismo, apresentando, sobretudo, o potencial de discussão política que o horror também oferece. Nesse sentido, o prêmio da Biblioteca Nacional conquistado pelo Gótico nordestino em 2022 não surpreende, mesmo se tratando de uma obra de gênero pouco reconhecido pela crítica em geral.
Assim, o autor cria cenários, situações e conflitos complexos, sem cometer deslizes como o de explicar o que não precisa ser explicado, ou justificar o imponderável.
Seu livro tem ainda o benefício de aproximar de outras possibilidades literárias aqueles leitores mais chegados ao realismo, apresentando, sobretudo, o potencial de discussão política que o horror também oferece. Nesse sentido, o prêmio da Biblioteca Nacional conquistado pelo Gótico nordestino em 2022 não surpreende, mesmo se tratando de uma obra de gênero pouco reconhecido pela crítica em geral.