Mapa de Lopo Homem II (2004), de Adriana Varejão |
Resumo do artigo: As histórias da humanidade se constituem daquilo que resta dos apagamentos, esquecimentos e silenciamentos do vivido. Mas pode a arte visual colocar em xeque as narrativas hegemônicas da humanidade e insurgir com versões, personagens e perspectivas outras? Romper com certa ordenação do passado e do presente, sugerir desvios e linhas de fuga, abrir fissuras na solidez dos fatos? Ajudaria a pensar o que há de ficcional na História? Daria a ver apagamentos que produzem regimes estético-políticos? Minha hipótese é que sim: alguns trabalhos de arte podem provocar as certezas, abalar as estruturas, ouvir os silêncios. Ela se fundamenta na obra de Adriana Varejão, em especial no seu Mapa de Lopo Homem II, onde aquelas questões emergem como pistas a serem perseguidas. É o caminho investigativo que proponho aqui: descobrir aonde o mapa nos leva com sua violentada imagem de mundo, suas ordens e subversões.
Palavras-chave: História da Arte; Teoria e Crítica de Arte; Arte Contemporânea; Estética e Política; Pintura.
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