Azulejaria com cozinha e caças variadas (1995), Adriana Varejão |
o tempo rasga com violência
a carne exposta
ao relento, desalento
rápido demais para a não-máquina
o mundo resta inerte
esfacelado em flashes, fragmentos
daquilo que foi, que já não é quase
desejo de recompor vida nova
quase porque não chega
o progresso lhe deixa para trás
abandonado, órfão, desterritorializado
sem teto, sem chão, sem tempo