Se a crítica não for espaço de criação, não tem razão de existir; nestes dias em que a mediação, esse espaço institucionalizado do poder, já não opera mais.
Se a crítica insistir no jogo da tradição, se quiser medir forças, faz-se desnecessária.
Isso nada tem a ver com concordar ou discordar, apoiar ou combater; tem a ver com sustentar lugares de resistência, ser relevante diante das questões atuais. Tem a ver com fazer/criar sentidos sem qualquer lógica ou finalidade. Fazer junto. Viver junto.
Fazer crítica é fazer arte. Ou não é nada.