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Na companhia de objetos #2, 2008, de Flávia Junqueira |
Faço um monte de nada. Tenho feito um monte de nada desde... sei lá. Quer dizer, faço coisas, um monte de coisas, excessos – ler, andar, comer, espreguiçar, trabalhar, checar e-mails compulsivamente – que resultam em nada, um monte de nada. Até que, um dia qualquer, resultam em alguma – outra – coisa e me trazem a sensação de que fiz muito. A sensação do muito dura pouco. Retorno ao nada. Que me conduz ao lugar algum. Ao tempo oco. Ao reverso do mundo. Ao buraco negro. Um grande buraco no espaço que atrai tudo ao seu redor para transformar tudo em nada. Outrora. Outra hora. Mais. Para nada.
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Flávia Junqueira.