Estes vídeos me impressionaram bastante. São apenas três de um conjunto bem mais amplo, criados pelo projeto Abandoned Scotland (Escócia Abandonada), cujo intuito, pelo que pude entender, é chamar atenção para edifícios desocupados, alguns deles há décadas.
Foram as imagens capturadas que me impressionaram, assim como a montagem feita posteriormente. Em resumo: a equipe fotografa e filma os locais, depois produz um vídeo curto, com tom contemplativo acentuado pela música de fundo.
É fácil perceber que existe um olhar apurado ali. Tanto no conceito do projeto quanto nas cenas apresentadas. Em uma delas, por exemplo, há um daqueles cavaletes que pede "cuidado, piso molhado", montado no meio de uma enorme poça de inundação. Em outro vídeo, feito numa fábrica, a câmera se atenta à etiqueta colada numa caixa de arquivo, na qual está especificado "não destruir antes de 31 de dezembro de 2012". Quando são recuperadas, os editores inserem também filmes realizados no local quando ele ainda era utilizado.
Esses prédios são fantasmas. Não entidades paranormais, claro. Digo fantasmas no sentido de imagens quase invisíveis daquilo que foram no passado. Uma sombra, resquício de um tempo antigo que pode ser tocado no presente, pode ser penetrado, experimentado, fotografado. São museus de nós mesmos. Dessa civilização antiga que habita o presente e gera um verdadeiro nó temporal. Fantasmas que causam assombro.
Podemos ver o projeto pelos pontos de vista da sociologia e da urbanística, mas não é o meu caso. Eu só posso destacar a poética contida em cada um deles. Foi pensando nisso que selecionei estes três para o blog: um cemitério morto, um hospital desenganado e uma estação de trem que já não leva a lugar algum. Todos os outros podem ser vistos nos links: Abandoned Scotland no youtube
Esses prédios são fantasmas. Não entidades paranormais, claro. Digo fantasmas no sentido de imagens quase invisíveis daquilo que foram no passado. Uma sombra, resquício de um tempo antigo que pode ser tocado no presente, pode ser penetrado, experimentado, fotografado. São museus de nós mesmos. Dessa civilização antiga que habita o presente e gera um verdadeiro nó temporal. Fantasmas que causam assombro.
Podemos ver o projeto pelos pontos de vista da sociologia e da urbanística, mas não é o meu caso. Eu só posso destacar a poética contida em cada um deles. Foi pensando nisso que selecionei estes três para o blog: um cemitério morto, um hospital desenganado e uma estação de trem que já não leva a lugar algum. Todos os outros podem ser vistos nos links: Abandoned Scotland no youtube