Quem disse a frase acima foi a Dra. Nise da Silveira, que revolucionou a psiquiatria no Brasil utilizando arte no lugar de remédios, cirurgias e choques elétricos. Mais do que ninguém, ela conheceu as profundezas do inconsciente humano e soube respeitar a realidade paralela que existe dentro de cada um de nós.
Qual é o segredo da imaginação? Liberdade. Não se curar além da conta, como diz Nise, significa não querer ser normal demais, “igual a todo mundo, como todo mundo faz”. Concordo. Ser diferente, em minha opinião, é muito mais interessante do que ser indiferente à opinião alheia.
Para conhecer um pouco mais da doutora e da história da psiquiatria no Brasil, recomendo a biografia Nise: Arqueóloga dos Mares (Rio de Janeiro: Aeroplano, 2009), escrita pelo jornalista Bernardo Carneiro Horta. Repleto de causos e citações, o livro é gostoso de ler e revela tudo aquilo que fazia de Nise uma figura à parte, diferente de seus colegas médicos e, por isso mesmo, interessantíssima.