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sábado, 14 de agosto de 2010

TRÊS VERSÕES DE UMA MESMA HISTÓRIA


O beijo (meu) (2007)

Eu caminhava aos tropeços pelas ruas de Paraty, indo e vindo com a sensação de estar sempre no mesmo lugar, contornando a multidão de frequentadores da FLIP. Foi quando vi a tal mulher. Ela falava com um policial e parecia aflita. Na mesma hora, pensei: "Que coisa chata, roubada bem aqui, num evento literário". O policial gesticulou, apontou para o lado da praia e falou alguma coisa. A mulher balançou a cabeça, positivamente, e se pôs a andar naquela direção. "Ah, era apenas um pedido de informação, não um roubo". Então a mulher parou e voltou atrás. Os dois se aproximaram e, num só impulso, se abraçaram e beijaram ardentemente. Um beijo de tirar o fôlego de qualquer um que estivesse observando.